Lembro-me deste dia.

Lembro-me de acompanhar as notícias pela Sky News e pela Cnn...

Lembro-me particularmente das pombas que soltaram...

Lembro-me de me sentir feliz.

No dia 13 de Junho de 2005, Michael chegou ao tribunal para a leitura da sentença relativa à acusação de abusos sexuais.

Acompanhado dos pais e de todos os irmãos, Michael chegou, visivelmente frágil e abatido, e assim entrou no tribunal de Santa Maria, na California.

Cá fora, centenas de fãs aguardavam impacientemente pelo veredicto. Eram centenas de pessoas mas apenas representavam uma pequena parte de todos os admiradores de Michael, em todo o mundo, que esperam apenas e só a sua inocência.

À medida que a sentença era lida e que o elemento do júri pronunciava as palavras mágicas...

"Nós, o júri, consideramos o arguido inocente"

... pombas eram soltas à porta do tribunal.

Michael foi ilibado de todos os crimes de que era acusado e poderia ter continuado em paz...

Mas aquele Michael que saiu do tribunal, juntamente com toda a família, era o mesmo Michael que entrou: visivelmente frágil e abatido.

Inocente!

Mas isto foi o começo do fim!

Depois do julgamento mudou-se para o Bahrain e aí permaneceu numa tentativa, claramente falhada, de ser esquecido.

Numa declaração feita após a revista da polícia à sua Neverland, aquado da primeira acusação de abuso sexual, em 1993, Michael disse:

"Se eu sou culpado de alguma coisa, é de dar tudo o que posso para ajudar crianças do mundo inteiro; e de amar crianças de todas as idades e raças; é de ganhar alegria e felicidade ao ver crianças com rostos sorridentes; é de aproveitar, através deles, a infância que eu perdi."

Ainda jovem, Michael afirmou que adorava crianças porque, ao contrário dos adultos,  estas nunca seriam capazes de desiludi-lo.

Este vídeo é uma compilação do que vi, em directo, ao final da tarde de 13 de Junho, em 2005: